
Paulo, trabalhava na Tipografia Violeta, era impressor e passaram para ele a O.S. para confecção dos ingressos do espetaculo e ele estava muito feliz, era uma quinta feira e o show estava marcado já para a próxima terça no estádio Frei Epifânio, fiquei cabulado com a estória, um cantor de expressão vim fazer uma apresentação sem nenhuma divulgação, mais não falei nada para o meu colega, não frustrar a sua euforia.
Imperatriz, já tinha uma mídia grande na época, e mesmo assim nada de publicidade. Um dia antes da data marcada para o show ouvir nas ruas um carro de propaganda volante anunciando com alguns cartazes em preto e branco colados no veiculo. Era muito pouco.
Na terça estava lá na porta do estádio, Eu, Paulo Roberto, prontos para entrar, vi que algo estava errado o palco era apenas um caminhão e o conjunto era muito pobre em instrumentos, pensei comigo algo não está certo, deu um público razoável, não como merecia o cantor (era um dos grandes nomes da musica brasileira) quando anunciaram a subida ao palco de Raul Seixas, o rosto era um pouco parecido, o mesmo cavanhaque, mais o resto, era mais gordo e barrigudo, não cantava nada, só cantou uma musica, na segunda, subiu ao palco o Toinho Bareta desconfiado e tentou puxar a barba do cantor.
O público descobriu como eu, que já desconfiava que não era o Raul Seixas, foi um deus nos acuda, o povo cercou o palco e tentaram linchar o impostor, apagaram os refletores do estádio e a policia levou o mesmo e trancou na casa que servia de vestiário para os juízes de futebol. Só uma hora da madrugada, depois que o público foi embora, que conseguiram botar ele na viatura e levar para e delegacia central e quando amanheceu já estava muito longe de Imperatriz .
Era apenas um falsário e ficou a frustração dos fãs do maluco beleza .
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