Uma pesquisa encomendada pelo jornal O Liberal, de Belém, ao instituto Vox Populi aponta: só 42% da população ouvida na capital e em outros 58 municípios do interior são contra a redivisão do Pará. Entre as 1.200 pessoas entrevistadas no período de 18e 22 de junho, maiores de 16 anos e, portanto, aptas a decidir no plebiscito do dia 11 de dezembro pelo “sim” ou pelo “não” à divisão, 37% se disseram favoráveis à emancipação de Carajás e Tapajós. O percentual de pessoas sem opinião formada ou indecisos ficou em 22%, índice comemorado pelos emancipacionistas.
Neste caso, a luta pelo voto favorável poderia elevar para 59% do eleitorado o voto “sim” à criação das duas novas unidades federativas, tendo em vista que a pesquisa mostra, também, que mais da metade da população já está ciente sobre a realização do plebiscito para a divisão do Pará em mais essas duas fatias.
Se a votação fosse hoje, considerando-se os números do Vox Populi, haveria empate técnico na apuração dos votos válidos (42% “não”; 37% “sim”) sobre retalhar o Estado ou mantê-lo indivisível, de maneira que a maior parcela dos que, teoricamente, são contrários à divisão reside em Belém, representando um universo de 67% dos ouvidos na pesquisa.
Como a margem de erro da pesquisa é de 2,8 pontos percentuais, para mais ou para menos, pode-se dizer que um lado e outro precisarão, durante a campanha que vai começar daqui dois meses, correr atrás dos 22% que ainda não têm opinião formada para seduzi-los a votar a favor ou contra a criação de Carajás e Tapajós.
Caso seja fiel às intenções de voto apuradas na pesquisa, a eleição será disputada voto a voto. Ainda assim, mesmo mantidos os percentuais, os números absolutos poderão ser ainda mais favoráveis para a criação de novos estados. Isso porque Belém sozinha, onde 67% dos 990.201 eleitores são contra a divisão, não seria páreo para enfrentar o que a pesquisa traz como 43% favoráveis entre os possíveis votos totais de Carajás (949.427 eleitores) e de Tapajós (686.446).
Ainda que Belém fosse pedir socorro a seu entorno, escalando Ananindeua e outros quatro municípios de sua Região Metropolitana, e totalizando 1.382.456 eleitores, teria contra a divisão 926.245 sufrágios. Por outro lado, de mãos dadas, Carajás e Tapajós somariam 1.632.873 eleitores e teriam internamente somente 571.505 contrários. Em termos comparativos, Carajás e Tapajós alcançariam 1.061.368 sufrágios potenciais ao “sim”, número maior que os 926 mil da corrente contrária da Região Metropolitana de Belém.
Só o negativo
Conforme o instituto, os eventuais efeitos negativos da divisão seriam: diminuição da economia dos estados (33%); nada de benefício à população (19%); prejuízo ao Pará, com menor território e capital menos favorecida (18%); aumento do desemprego (8%); diminuição de arrecadação de impostos (2%); e aumento do custo de vida (1%). Para 8% dos entrevistados, no tocante ao principal motivo da avaliação negativa sobre a divisão, deve-se deixar o Pará como está; outros 2% teriam tido opinião que foge à pergunta; e 10% não souberam ou não quiseram responder. Em momento algum, é divulgado o “principal motivo da avaliação positiva sobre a divisão do Estado” e seus argumentos, como foi feito em contrário.
O grau de informação dos entrevistados sobre a realização do plebiscito cai com a diminuição da renda e da escolaridade: 71% daqueles com nível superior e 77% dos que recebem mais de cinco salários mínimos estão acompanhando o debate; entre os que possuem até a 4ª série do ensino fundamental e recebem até um salário mínimo, os índices ficam, respectivamente, em 43% e 41%.
Um dos artífices da redivisão, o deputado federal licenciado Asdrubal Bentes (PMDB-PA), titular da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq), lembra que, mesmo o maior percentual de entrevistados estando na capital, a pesquisa mostra que a diferença não foi grande como o grupo anti-emancipacionista esperava e foi muito boa para as pretensões dos emancipacionistas.
“Se no universo de entrevistados tivessem sido ouvidas 50% das pessoas na capital e 50% no interior, de igual para igual, certamente as regiões interessadas estariam na frente, em prol da divisão”, destaca Bentes, segundo quem “até mesmo o Pará remanescente já entendeu a importância dos novos estados”.
O deputado salienta que a redivisão implica maior presença do poder público nas regiões de Carajás e Tapajós e exemplifica que, uma vez emancipadas as regiões interessadas, poderá haver a triplicação de recursos para a mesma extensão territorial no Pará atual, beneficiando as três regiões
Neste caso, a luta pelo voto favorável poderia elevar para 59% do eleitorado o voto “sim” à criação das duas novas unidades federativas, tendo em vista que a pesquisa mostra, também, que mais da metade da população já está ciente sobre a realização do plebiscito para a divisão do Pará em mais essas duas fatias.
Se a votação fosse hoje, considerando-se os números do Vox Populi, haveria empate técnico na apuração dos votos válidos (42% “não”; 37% “sim”) sobre retalhar o Estado ou mantê-lo indivisível, de maneira que a maior parcela dos que, teoricamente, são contrários à divisão reside em Belém, representando um universo de 67% dos ouvidos na pesquisa.
Como a margem de erro da pesquisa é de 2,8 pontos percentuais, para mais ou para menos, pode-se dizer que um lado e outro precisarão, durante a campanha que vai começar daqui dois meses, correr atrás dos 22% que ainda não têm opinião formada para seduzi-los a votar a favor ou contra a criação de Carajás e Tapajós.
Caso seja fiel às intenções de voto apuradas na pesquisa, a eleição será disputada voto a voto. Ainda assim, mesmo mantidos os percentuais, os números absolutos poderão ser ainda mais favoráveis para a criação de novos estados. Isso porque Belém sozinha, onde 67% dos 990.201 eleitores são contra a divisão, não seria páreo para enfrentar o que a pesquisa traz como 43% favoráveis entre os possíveis votos totais de Carajás (949.427 eleitores) e de Tapajós (686.446).
Ainda que Belém fosse pedir socorro a seu entorno, escalando Ananindeua e outros quatro municípios de sua Região Metropolitana, e totalizando 1.382.456 eleitores, teria contra a divisão 926.245 sufrágios. Por outro lado, de mãos dadas, Carajás e Tapajós somariam 1.632.873 eleitores e teriam internamente somente 571.505 contrários. Em termos comparativos, Carajás e Tapajós alcançariam 1.061.368 sufrágios potenciais ao “sim”, número maior que os 926 mil da corrente contrária da Região Metropolitana de Belém.
Só o negativo
Conforme o instituto, os eventuais efeitos negativos da divisão seriam: diminuição da economia dos estados (33%); nada de benefício à população (19%); prejuízo ao Pará, com menor território e capital menos favorecida (18%); aumento do desemprego (8%); diminuição de arrecadação de impostos (2%); e aumento do custo de vida (1%). Para 8% dos entrevistados, no tocante ao principal motivo da avaliação negativa sobre a divisão, deve-se deixar o Pará como está; outros 2% teriam tido opinião que foge à pergunta; e 10% não souberam ou não quiseram responder. Em momento algum, é divulgado o “principal motivo da avaliação positiva sobre a divisão do Estado” e seus argumentos, como foi feito em contrário.
O grau de informação dos entrevistados sobre a realização do plebiscito cai com a diminuição da renda e da escolaridade: 71% daqueles com nível superior e 77% dos que recebem mais de cinco salários mínimos estão acompanhando o debate; entre os que possuem até a 4ª série do ensino fundamental e recebem até um salário mínimo, os índices ficam, respectivamente, em 43% e 41%.
Um dos artífices da redivisão, o deputado federal licenciado Asdrubal Bentes (PMDB-PA), titular da Secretaria de Estado de Pesca e Aquicultura (Sepaq), lembra que, mesmo o maior percentual de entrevistados estando na capital, a pesquisa mostra que a diferença não foi grande como o grupo anti-emancipacionista esperava e foi muito boa para as pretensões dos emancipacionistas.
“Se no universo de entrevistados tivessem sido ouvidas 50% das pessoas na capital e 50% no interior, de igual para igual, certamente as regiões interessadas estariam na frente, em prol da divisão”, destaca Bentes, segundo quem “até mesmo o Pará remanescente já entendeu a importância dos novos estados”.
O deputado salienta que a redivisão implica maior presença do poder público nas regiões de Carajás e Tapajós e exemplifica que, uma vez emancipadas as regiões interessadas, poderá haver a triplicação de recursos para a mesma extensão territorial no Pará atual, beneficiando as três regiões
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