Candidatos conhecidos do público antes mesmo de colocarem suas fotografias nas urnas têm explicações prontas para as derrotas nas urnas no domingo (3).
Há quem afirme que o sucesso de estreantes como deputado eleito Tiririca desviou votos, enquanto outros avaliam que faltou verba para a campanha.
A candidata Suellem Aline Mendes Silva (PTN), mais conhecida pelo apelido de Mulher Pêra, até o meio da tarde de segunda-feira (4), ainda não havia conseguido descobrir quantos votos recebeu na eleição.
A candidatura da “mulher-fruta” foi indeferida e está com recurso. Nos casos de indeferimento, o TSE divulga os votos obtidos somente em uma segunda etapa.
“Estou muito chateada, não sabia que ia dar esse problema”, disse a candidata, que conseguiu exatos 3.136 votos. No dia da votação, ela optou pela internet para tentar conquistar alguns votos. “Votei pela manhã, depois entrei no Twitter para conversar com as pessoas”, disse.
Ela não sabe se vai insistir na carreira política. “Se não conseguir, vou seguir minha carreira normal. Vou gravar um segundo CD, um segundo DVD também. O primeiro CD que gravei foi de funk, mas estou saindo um pouco do funk. Não sei se será axé”, disse. Ela afirma que recebeu do partido uma doação de R$ 30 mil para fazer a campanha. “Gastei mais do que isso”, disse.
MAGILA: 'O POVO É INGRATO'
Candidato a deputado estadual pelo PTN, em São Paulo, o ex-boxeador Adilson Rodrigues, conhecido como Maguila, obteve 2.951 votos e ficou em 372º lugar na disputa. E não está decepcionado. “Já estava esperando. Não fiz campanha, não saí na rua”, disse ele ao G1, nesta segunda-feira (4).
“Estou tranquilo em relação à política. Só não estou mais tranquilo porque minha mãe está internada”. De acordo com ele, a mãe, que tem 89 anos, está internada com pneumonia.
Maguila contou que foi convidado pelo partido para se candidatar. “Me procuraram, me pagaram e eu fui”, afirmou, sem revelar quanto ganhou. Ele admite que não tinha um programa de governo definido, mas que pretendia trabalhar com programas sociais na área de esporte.
“Era a minha proposta, trabalhar com esporte”, contou. O ex-boxeador disse ainda que “não acredita na política”. “Eu votei, fiz a minha parte, porque sou um cidadão”, relatou. “Mas o povo é ingrato.” Apesar disso, ele não descarta a possibilidade de uma nova candidatura. “Se me pagarem, eu volto.”
MATORÉ X TIRIRICA
Candidato a deputado federal pelo PP em SP, o vereador em Mauá (SP) e humorista Batoré obteve 23.042 votos (0,11%), ficando no 161º lugar. Para Batoré, o principal motivo para ele não ter conseguido uma cadeira na Câmara dos Deputados foi o sucesso de seu concorrente Tiririca, que recebeu 1.353.820 votos pelo PR e foi o candidato a deputado federal mais votado do país. “Tenho certeza que os votos que seriam para mim foram para o Tiririca”, disse.
Batoré disse acreditar que muitos eleitores votaram no Tiririca como forma de protesto, "um voto de deboche". “Já os meus votos, por exemplo, acredito que tiveram uma pitada de esperança por conta do histórico do meu trabalho em Mauá”, afirmou.
O vereador criticou a eleição de Tiririca. “Sou amigo do Tiririca, mas tenho que ser verdadeiro com ele e comigo. A política tem que ser séria, o que não quer dizer que o político precisa ser mal humorado”, afirmou.
O humorista disse, porém, que ficou surpreso com a derrota e que esperava ser eleito. Ele acrescentou, contudo, que não teve muita verba para a campanha, que não deve ter ultrapassado os R$ 200 mil. “A minha campanha não foi pobre, foi miserável”. Ele reconheceu, porém, que ser ‘famoso’ ajuda a conseguir votos.
O vereador disse que seguirá na carreira política, onde atua principalmente para a melhoria da educação. Em 2012 ainda não sabe se tentará a reeleição ou até mesmo sair como candidato a prefeito ou vice em Mauá. Batoré também disse pretender concorrer novamente a deputado federal em 2014.
“Eu não perdi, deixei de ganhar. Já tenho meu mandato como vereador”, disse. Batoré acrescentou que, dos 23 mil votos que obteve, cerca de 13 mil são de Mauá, o que demonstra o resultado de seu trabalho. Ele disse que recebeu cerca de 4,7 mil votos quando foi eleito vereador.
Há quem afirme que o sucesso de estreantes como deputado eleito Tiririca desviou votos, enquanto outros avaliam que faltou verba para a campanha.
A candidata Suellem Aline Mendes Silva (PTN), mais conhecida pelo apelido de Mulher Pêra, até o meio da tarde de segunda-feira (4), ainda não havia conseguido descobrir quantos votos recebeu na eleição.
A candidatura da “mulher-fruta” foi indeferida e está com recurso. Nos casos de indeferimento, o TSE divulga os votos obtidos somente em uma segunda etapa.
“Estou muito chateada, não sabia que ia dar esse problema”, disse a candidata, que conseguiu exatos 3.136 votos. No dia da votação, ela optou pela internet para tentar conquistar alguns votos. “Votei pela manhã, depois entrei no Twitter para conversar com as pessoas”, disse.
Ela não sabe se vai insistir na carreira política. “Se não conseguir, vou seguir minha carreira normal. Vou gravar um segundo CD, um segundo DVD também. O primeiro CD que gravei foi de funk, mas estou saindo um pouco do funk. Não sei se será axé”, disse. Ela afirma que recebeu do partido uma doação de R$ 30 mil para fazer a campanha. “Gastei mais do que isso”, disse.
MAGILA: 'O POVO É INGRATO'
Candidato a deputado estadual pelo PTN, em São Paulo, o ex-boxeador Adilson Rodrigues, conhecido como Maguila, obteve 2.951 votos e ficou em 372º lugar na disputa. E não está decepcionado. “Já estava esperando. Não fiz campanha, não saí na rua”, disse ele ao G1, nesta segunda-feira (4).
“Estou tranquilo em relação à política. Só não estou mais tranquilo porque minha mãe está internada”. De acordo com ele, a mãe, que tem 89 anos, está internada com pneumonia.
Maguila contou que foi convidado pelo partido para se candidatar. “Me procuraram, me pagaram e eu fui”, afirmou, sem revelar quanto ganhou. Ele admite que não tinha um programa de governo definido, mas que pretendia trabalhar com programas sociais na área de esporte.
“Era a minha proposta, trabalhar com esporte”, contou. O ex-boxeador disse ainda que “não acredita na política”. “Eu votei, fiz a minha parte, porque sou um cidadão”, relatou. “Mas o povo é ingrato.” Apesar disso, ele não descarta a possibilidade de uma nova candidatura. “Se me pagarem, eu volto.”
MATORÉ X TIRIRICA
Candidato a deputado federal pelo PP em SP, o vereador em Mauá (SP) e humorista Batoré obteve 23.042 votos (0,11%), ficando no 161º lugar. Para Batoré, o principal motivo para ele não ter conseguido uma cadeira na Câmara dos Deputados foi o sucesso de seu concorrente Tiririca, que recebeu 1.353.820 votos pelo PR e foi o candidato a deputado federal mais votado do país. “Tenho certeza que os votos que seriam para mim foram para o Tiririca”, disse.
Batoré disse acreditar que muitos eleitores votaram no Tiririca como forma de protesto, "um voto de deboche". “Já os meus votos, por exemplo, acredito que tiveram uma pitada de esperança por conta do histórico do meu trabalho em Mauá”, afirmou.
O vereador criticou a eleição de Tiririca. “Sou amigo do Tiririca, mas tenho que ser verdadeiro com ele e comigo. A política tem que ser séria, o que não quer dizer que o político precisa ser mal humorado”, afirmou.
O humorista disse, porém, que ficou surpreso com a derrota e que esperava ser eleito. Ele acrescentou, contudo, que não teve muita verba para a campanha, que não deve ter ultrapassado os R$ 200 mil. “A minha campanha não foi pobre, foi miserável”. Ele reconheceu, porém, que ser ‘famoso’ ajuda a conseguir votos.
O vereador disse que seguirá na carreira política, onde atua principalmente para a melhoria da educação. Em 2012 ainda não sabe se tentará a reeleição ou até mesmo sair como candidato a prefeito ou vice em Mauá. Batoré também disse pretender concorrer novamente a deputado federal em 2014.
“Eu não perdi, deixei de ganhar. Já tenho meu mandato como vereador”, disse. Batoré acrescentou que, dos 23 mil votos que obteve, cerca de 13 mil são de Mauá, o que demonstra o resultado de seu trabalho. Ele disse que recebeu cerca de 4,7 mil votos quando foi eleito vereador.
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