Estatística mostra um quadro deprimente na educação maranhense, pois são mais analfabetos jovens do que adultos.
O Maranhão precisa reverter urgentemente seu problema em educação, a fim de permitir que o contingente populacional que se encontra na faixa etária de almejar postos de trabalho nos grandes projetos em implantação ou prestes a se implantar estejam em condições de pleitear essas vagas. De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD 2009), divulgada quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 631 mil adolescentes com idade entre 15 e 18, ou seja, que deveriam estar cursando o ensino, 43,23% ainda não se encontram em sala de aula, e dificilmente conseguirão recuperar o tempo perdido.
Este, aliás, é um dos indicadores mais perversos da pesquisa, pois mostra que o Maranhão tem um índice muito acentuado de pessoas sem instrução. Dos 5,851 milhões com idade acima de 5 anos, 1,193 milhão não são alfabetizados. Em comparação a 2008, até que houve um avanço, porém bem inexpressivo, já que este contingente era de 1,214 milhão, isto é, houve uma redução de 121 mil pessoas.
Para a pedagoga Conceição Raposo, que já foi secretária de Educação, no início do governo de Edison Lobão, os números do IBGE são, de certa forma, assustadores, pois coloca o Maranhão entre os estados mais atrasados. De acordo com ela, o que preocupa é o fato de as novas gerações (crianças e adolescentes) estarem fora da sala de aula. “No Ensino Médio, encontramos 333 mil estudantes de todas as faixas etárias porém a a população com idade entre 15 e 18 anos, que deveria frequentar esse nível de ensino, é de 631 maranhenses, o que significar que 43,23% desses jovens não se encontram em sala de aula”, acentua.
Planejamento
Para o professor de História Júlio Pinheiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Simproessema), esses dados revelam a falta de planejamento do governo em Educação. Ele recorda que somente há poucos anos, o ensino médio chegou a todos os municípios, portanto é compreensível, embora não aceitável, encontrar tantos jovens ainda sem nenhum tipo de instrução.
Júlio Pinheiro lamenta também o fato de que há mais pessoas na faixa entre 5 e 14 na lista dos analfabetos do que adultos com idade acima dos 60 anos. “Isto é uma prova de que não existe nenhum planejamento com vistas à educação infantil”. Pela tabela 3.1 encontram-se os registros de 188 mil analfabetos, com de idade de 5 a 6 anos; 53 mil, de 7 anos; 52 mil, de 8 a 9 anos; 45 mil, de 10 a 14 anos. É como se fábrica de analfabetos estivesse funcionando a pleno vapor no Maranhão, e basta comparar o que ocorre entre as crianças de 5 a 6 anos para se chegar a esta conclusão, pois são 65 mil alfabetizadas contra 188 mil analfabetas.
Júlio Pinheiro torce para que esses números levem a classe dirigente a uma reflexão sobre as mudanças que se fazem necessárias no setor educacional. Para não é possível, por exemplo, que ainda se contrate professores com prazo de validade, do contrato, antes de encerramento do ano letivo. “Se por alguma razão o calendário escolar é retardado e os contratos desses professores se extinguem, as aulas não são repostas”, critica.
Tanto Conceição Raposo quanto Júlio Pinheiro cobram mais investimentos na educação, para que o Maranhão saia urgente desta quadro vexatório.
Contradição
Apesar de o momento eleitoral estimular a apresentação de balanços que não correspondem a realidade e de promessas que não conseguirão ser atingidas a curto prazo, o quadro real desafia os políticos.
Os números do IBGE, afinal de contas, contraditam com a promessa de distribuição das oportunidades de emprego nos grandes projetos para jovens, já que estes não estão em condições de sequer de pleitear uma vaga.
Radiografia da ignorância
- 43,23% dos jovens com idade para estarem cursando ensino médio não se encontram ainda em sala de aula.
- 17,37% da população com 10 ou mais anos de idade, o que corresponde a 901 mil maranhenses, são analfabetos.
- 19,09% da população de 15 anos ou mais de idade, correspondentes a 856 mil maranhenses, são analfabetos.
- 34,28% da população de 10 anos ou mais de idade são analfabetos ou analfabetos funcionais (com menos de 4 anos de escolaridade), o que corresponde a 1,778 milhão de maranhenses.
- Apenas 29 mil jovens com 15 anos ou mais, ou seja, 3,38%, estão matriculados no ensino fundamental.
- No Ensino Médio, são 333 mil estudantes de todas as faixas etárias, enquanto a população na faixa de 15 a 18 anos, que deveria frequentar esse nível de ensino, é de 631 maranhenses.
- Mesmo considerando as matrículas do ensino médio, 43,23% desses jovens não se encontram ainda neste nível de educação.
O Maranhão precisa reverter urgentemente seu problema em educação, a fim de permitir que o contingente populacional que se encontra na faixa etária de almejar postos de trabalho nos grandes projetos em implantação ou prestes a se implantar estejam em condições de pleitear essas vagas. De acordo com a Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios (PNAD 2009), divulgada quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dos 631 mil adolescentes com idade entre 15 e 18, ou seja, que deveriam estar cursando o ensino, 43,23% ainda não se encontram em sala de aula, e dificilmente conseguirão recuperar o tempo perdido.
Este, aliás, é um dos indicadores mais perversos da pesquisa, pois mostra que o Maranhão tem um índice muito acentuado de pessoas sem instrução. Dos 5,851 milhões com idade acima de 5 anos, 1,193 milhão não são alfabetizados. Em comparação a 2008, até que houve um avanço, porém bem inexpressivo, já que este contingente era de 1,214 milhão, isto é, houve uma redução de 121 mil pessoas.
Para a pedagoga Conceição Raposo, que já foi secretária de Educação, no início do governo de Edison Lobão, os números do IBGE são, de certa forma, assustadores, pois coloca o Maranhão entre os estados mais atrasados. De acordo com ela, o que preocupa é o fato de as novas gerações (crianças e adolescentes) estarem fora da sala de aula. “No Ensino Médio, encontramos 333 mil estudantes de todas as faixas etárias porém a a população com idade entre 15 e 18 anos, que deveria frequentar esse nível de ensino, é de 631 maranhenses, o que significar que 43,23% desses jovens não se encontram em sala de aula”, acentua.
Planejamento
Para o professor de História Júlio Pinheiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Simproessema), esses dados revelam a falta de planejamento do governo em Educação. Ele recorda que somente há poucos anos, o ensino médio chegou a todos os municípios, portanto é compreensível, embora não aceitável, encontrar tantos jovens ainda sem nenhum tipo de instrução.
Júlio Pinheiro lamenta também o fato de que há mais pessoas na faixa entre 5 e 14 na lista dos analfabetos do que adultos com idade acima dos 60 anos. “Isto é uma prova de que não existe nenhum planejamento com vistas à educação infantil”. Pela tabela 3.1 encontram-se os registros de 188 mil analfabetos, com de idade de 5 a 6 anos; 53 mil, de 7 anos; 52 mil, de 8 a 9 anos; 45 mil, de 10 a 14 anos. É como se fábrica de analfabetos estivesse funcionando a pleno vapor no Maranhão, e basta comparar o que ocorre entre as crianças de 5 a 6 anos para se chegar a esta conclusão, pois são 65 mil alfabetizadas contra 188 mil analfabetas.
Júlio Pinheiro torce para que esses números levem a classe dirigente a uma reflexão sobre as mudanças que se fazem necessárias no setor educacional. Para não é possível, por exemplo, que ainda se contrate professores com prazo de validade, do contrato, antes de encerramento do ano letivo. “Se por alguma razão o calendário escolar é retardado e os contratos desses professores se extinguem, as aulas não são repostas”, critica.
Tanto Conceição Raposo quanto Júlio Pinheiro cobram mais investimentos na educação, para que o Maranhão saia urgente desta quadro vexatório.
Contradição
Apesar de o momento eleitoral estimular a apresentação de balanços que não correspondem a realidade e de promessas que não conseguirão ser atingidas a curto prazo, o quadro real desafia os políticos.
Os números do IBGE, afinal de contas, contraditam com a promessa de distribuição das oportunidades de emprego nos grandes projetos para jovens, já que estes não estão em condições de sequer de pleitear uma vaga.
Radiografia da ignorância
- 43,23% dos jovens com idade para estarem cursando ensino médio não se encontram ainda em sala de aula.
- 17,37% da população com 10 ou mais anos de idade, o que corresponde a 901 mil maranhenses, são analfabetos.
- 19,09% da população de 15 anos ou mais de idade, correspondentes a 856 mil maranhenses, são analfabetos.
- 34,28% da população de 10 anos ou mais de idade são analfabetos ou analfabetos funcionais (com menos de 4 anos de escolaridade), o que corresponde a 1,778 milhão de maranhenses.
- Apenas 29 mil jovens com 15 anos ou mais, ou seja, 3,38%, estão matriculados no ensino fundamental.
- No Ensino Médio, são 333 mil estudantes de todas as faixas etárias, enquanto a população na faixa de 15 a 18 anos, que deveria frequentar esse nível de ensino, é de 631 maranhenses.
- Mesmo considerando as matrículas do ensino médio, 43,23% desses jovens não se encontram ainda neste nível de educação.
opa Excelente post e parábens pelo blog
ResponderExcluirBoa Noite CLETO lOUZA,gostaria se possível que me enviasse por email esta matéria sobre analfabetismo no Maranhão,será para mim de grande valía. sou estudante de educação infantil.minha pesquisa é sobre analfabetismo. Ao ler sua coluna fiquei extremamente interessada neste conteúdo.E confesso que um tanto chocada. Gostaria de passar aos meus colegas de classe o caos que é a educação. O verdadeiro descaso dos nossos governantes.Se você tiver também algumas fotos sobre este assunto e puder enviar fico agradecida ,por sua ajuda.
ResponderExcluirO meu estado de pesquisa é o Maranhão.
meu msn rosamariaari@hotmail.com
Sou aluna do primeiro Normal da Escola Estadual Raul Soares de Araguarí Minas Gerais.
Atenciosamente
Rosa Maria Pereira