18 de jan. de 2014

POLITICO DE ESTREITO ENVOLVIDO: A maior fraude na história da caixa de R$ 73 milhões

A Polícia Federal procura cinco envolvidos num golpe milionário contra a Caixa Econômica Federal, entre eles suplente de deputado federal Ernesto Vieira Carvalho Neto (PMDB-MA), apontado como mentor da fraude. De acordo com a instituição financeira, trata-se da maior fraude já sofrida em toda a sua história.
No último dia 5 de dezembro, uma conta foi aberta na agência da Caixa em Tocantinópolis para pagar R$ 73 milhões de prêmio da Mega-Sena, com nome fictício e um falso bilhete da premiação. A CEF percebeu a fraude na conferência do bilhete e acionou a Polícia Federal. Segundo o delegado da PF em Tocantins, Almir Clementino Soares, a autorização para a abertura da conta foi dada pelo gerente geral da agência, Robson Pereira do Nascimento, que teria sido cooptado pelos golpistas. Logo após a conta ter sido aberta, foram feitas transferências de R$ 40 milhões para uma conta em São Paulo e R$ 33 milhões para outra em Goiás. A partir daí, passaram a ser feitas várias transferências de valores mais baixos, inclusive para outros bancos, para permitir o saque dos valores.
Soares afirmou que a PF pediu o bloqueio das contas à Justiça e, com isso, 70% do valor foi recuperado, evitando que a fraude se transformasse também no maior prejuízo da instituição com algum golpe.
- Dos cinco procurados, três são do Maranhão, um de Goiás e um de São Paulo - informou o delegado.
De acordo com a PF, os cinco estão com a prisão preventiva decretada, não foram localizados neste sábado e são considerados foragidos, pois já há provas contra eles de participação no golpe. Na residência do procurado em Goiás, foram apreendidos extratos bancários que comprovam que ele movimentou o dinheiro da conta. Os envolvidos podem responder pelos crimes de peculato, receptação majorada, formação de quadrilha e de lavagem de dinheiro. Caso os suspeitos sejam condenados as penas somadas podem chegar a 29 anos de prisão.
Soares conta que, depois das duas transferências para Goiás e São Paulo, foram efetuadas centenas de outras de valores mais baixos, com o objetivo de facilitar o saque do dinheiro, para contas de pessoas físicas e jurídicas, na Caixa e em outros bancos. Com o início do bloqueio das contas, diz o delegado, os envolvidos perceberam que o golpe fora descoberto e fugiram.
- Formaram uma teia de aranha - afirma o delegado, explicando que a PF elaborou um organograma para chegar aos cabeças da fraude.
A PF não descarta pedir a prisão de outros envolvidos e afirmou que todos os beneficiados com depósitos serão investigados.
A operação realizada neste sábado, que contou com 65 policiais federais nos estados, foi batizada de Éskhara, e cumpriu dez mandados de busca e apreensão em Goiás, Maranhão e São Paulo, além do Tocantins.


14 de jan. de 2014

MARANHÃO: PT estuda romper com o PMDB e lançar candidato ao governo

Diante da saia-justa no Maranhão entre o apoio ao PMDB da família Sarney ou à candidatura de Flávio Dino (PCdoB), a direção do PT já estuda a possibilidade de lançar um candidato à sucessão da governadora Roseana. Setores do PT acreditam que uma candidatura própria amenizaria o rompimento com o clã Sarney. Seria mais traumático o PT apoiar Dino, como deseja grande parte dos petistas.
No Maranhão, um dos maiores nós na aliança com o PMDB, o diretório do PT é rachado: uma ala participa do governo Roseana e outra faz oposição. Em 2010, o PT nacional interveio e impôs o apoio à Roseana contra o próprio Dino. Esse debate ressurgiu, mas agora Roseana deve concorrer ao Senado. Com uma dívida de gratidão com Sarney, o ex-presidente Lula defende o apoio ao PMDB, mas o presidente do PT, Rui Falcão, sugeriu há alguns meses uma solução intermediária: apoiar Dino ao governo e Roseana ao Senado, o que não foi aceito por nenhuma das partes


12 de jan. de 2014

DEU NO GLOBO: Roseana Sarney já gastou R$ 274 milhões com empresas de aliados


Governadora do Maranhão, Roseana Sarney, dá entrevista coletiva sobre onda de violência
Foto: Hans von Manteuffel / O GloboA governadora do Maranhão, Roseana Sarney, é uma mulher de família. Herdeira do político mais longevo do país — no ano que vem, completam-se 50 anos desde que José Sarney assumiu o governo do estado e 60 desde que se sentou na cadeira de deputado estadual como suplente —, Roseana, com 60 anos e em seu quarto mandato, mantém negócios com empresas de parentes e tem amigos e familiares ocupando postos-chaves em várias esferas de poder, o que lhe garante relativa blindagem.
Levantamento realizado com base no Portal da Transparência do governo do Maranhão aponta que, de 2009, quando ela retornou ao governo, em abril daquele ano, ao final de 2013, empresas de familiares, amigos e correligionários receberam R$ 274,1 milhões dos cofres do estado. Entre os donos das firmas aquinhoadas, há de tudo: o advogado que a representa em processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); o cunhado; a construtora de Luciano Lobão, filho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão; o senador Lobão Filho (PMDB-MA); e até mesmo um shopping que tem entre os acionistas o pai da governadora, o senador José Sarney (PMDB-AP).
A segunda empreiteira que mais recebeu dinheiro do governo do Maranhão no ano passado foi a Ducol Engenharia. Ela pertence a Herny Duailibe, primo do marido de Roseana, Jorge Murad. A empresa foi denunciada pelo Ministério Público por ter recebido, em 2003, R$ 1,3 milhão para realizar diversas obras de pavimentação em municípios maranhenses, mas não teria realizado os serviços. Apesar da ação, isso não impediu Roseana de contratar a mesma construtora para realizar outras obras. De 2009 até o final do ano, só a empreiteira ganhou R$ 169,7 milhões do governo.
Henry Duailibe é sócio também da Duvel Veículos, que vende carros para o governo. No período de 2009 a 2013, ele recebeu R$ 1,9 milhão. Outro membro da família Duailibe que mantém negócios com o governo de Roseana é Helena Maria, mulher do cunhado dela. A Construtora Domus, que a tem como representante, recebeu no período R$ 9,9 milhões.
Ex-sócio de Murad faz a segurança de presídio e já recebeu R$ 22 milhões
Outra empresa que vem ganhando muito dinheiro dos cofres do governo do Maranhão é a Atlântica Segurança. No ano passado, ela recebeu R$ 12,9 milhões de diversas secretarias. E, entre 2009 e 2013, foram, no total, R$ 22,2 milhões. A Atlântica, que entre outras coisas faz segurança no presídio de Pedrinhas, tem como dono Luiz Carlos Cantanhede Fernandes, ex-sócio de Jorge Murad, marido de Roseana, numa pousada em Barreirinhas, cidade onde estão os Lençóis Maranhenses. Em 2002, quando estourou o caso Lunus, e a PF apreendeu R$ 1,3 milhão em dinheiro na empresa de Murad, Cantanhede argumentou que parte do dinheiro lhe pertencia. Cantanhede é dono ainda da Atlântica Limpeza e Serviços Gerais, que recebeu R$ 8,7 milhões.
Advogado de Roseana num processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pretende cassar o mandato dela, Alfredo Duailibe ganhou um contrato, sem licitação, no governo de sua cliente. Já recebeu R$ 9,5 milhões, desde 2009.
Da lista de empresas há até mesmo o shopping que tem como um dos principais acionistas o senador José Sarney (PMDB-AP), pai da governadora. O Shopping Jaracaty, que aparece na declaração de bens de Sarney, em 2006, aluga oito lojas para o Programa Viva Cidadão, que reúne vários órgãos estaduais para facilitar a obtenção de documentos. O Jaracaty recebeu R$ 1,6 milhão pelo aluguel.
Amiga íntima do clã, a família do senador Edison Lobão (PMDB-MA) também recebeu uma boa quantia em dinheiro. A Hytec Construtora, que tem como sócio um dos filhos dele, Luciano Lobão, amealhou R$ 40 milhões. Já o senador Lobão Filho (PMDB-MA) recebeu, no final do ano passado, R$ 4,6 milhões pela desapropriação de um terreno seu para obras numa via expressa que passa em frente ao shopping de Sarney. Insatisfeito com o valor, Lobão disse, por meio da assessoria, que terá que entrar na Justiça contra o governo da amiga porque diz que o terreno ocupado pelo estado valeria R$ 18 milhões.
Ainda assim, a governadora é pouco fiscalizada. Em órgãos estratégicos, ela mantém aliados e parentes. A corregedora do Tribunal de Justiça, Nelma Sarney, é sua tia. O presidente da OAB-MA, Mario Macieira, é primo dela, e a mulher dele, Luiza de Fátima, é secretária de Assistência Social. A procuradora-geral de Justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, é tia do secretário de Desenvolvimento, Hildo Rocha. No Tribunal de Contas, o mais novo integrante era o vice-governador, Washington de Oliveira (PT).
 
Fonte: Jornal O Globo

TRISTE REALIDADE: O Maranhão está rico ou apenas alguns maranhenses?

 
A afirmação da governadora Roseana Sarney, que administra o estado com os piores indicadores sociais do país, soa como um deboche não só para os maranhenses, mas para todos os brasileiros. “Um problema que piora a segurança é que o Maranhão está mais rico”, disse ela em entrevista coletiva na quinta-feira (9), ao lado de um constrangido ministro da Justiça. José Eduardo Cardozo teve que ouvir ainda que as mortes ocorridas no presídio de Pedrinhas “até setembro estavam dentro do limite que se esperava”, como se as cabeças decepadas e mostradas em vídeo para todo o Brasil fossem apenas enfeites macabros de alguma festa folclórica de seu estado.
O Maranhão está mais rico ou apenas alguns maranhenses enriqueceram? A resposta a essa pergunta está nas compras que o governo de Roseana mandou fazer com uma extensa lista de bens de consumo que milhões de maranhenses ao longo de suas vidas sequer terão a chance de ver esses produtos de perto. A compra de lagosta, champanhe, uísque e caviar para abastecer a dispensa do Palácio dos Leões, numa total contradição com o povo paupérrimo, não é um acinte, mas sim o retrato fiel do cotidiano de uma elite que vive isolada da realidade do estado, que faz licitações, como a do Porto de Itaqui, que não beneficia o povo maranhense mas a si própria. Pobre Maranhão, que não viu o aumento da classe média, que fica cada vez mais longe do desenvolvimento e que há décadas não tem governo para o povo.
 
Fonte: JORNAL DO BRASIL

SUPERAÇÃO: Estudante com dislexia e paralisia cerebral se forma em história

Nem mesmo o diagnóstico de paralisia cerebral, a baixa visão e a limitação motora impediram que o jovem Luiz Garcia, 30 anos, realizasse o ...